Carnavalesco da Tuiuti minimiza ausência de faixa presidencial em Vampiro Neoliberal
O carnavalesco Jack Vasconcelos, da Paraíso do Tuiuti, ainda não sabe os motivos que levaram à ausência da faixa presidencial na figura Vampiro Neoliberal durante o desfile das agremiações carnavalescas campeãs de 2018, no último sábado.
Segundo informações do barracão da escola, emissários da presidência da República pediram à Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) que impedisse a entrada do destaque, uma referência clara ao presidente Michel Temer. Neste domingo, no entanto, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto negou que tenha feito qualquer pedido à escola de samba.
— Realmente, não sei o que aconteceu. Na concentração, nem reparei no destaque — ressalta Jack, que não viu tanto problema na falta do adorno:
— Para mim, isso não tinha importância alguma. Todo mundo já sabia o que era aquilo (o vampiro). Pode ter sido mesmo um pedido da Presidência da República, porque o país está de ponta-cabeça. Não descarto nem a existência de ovni atualmente. O que sei é o que as pessoas estão comentando. Se falar qualquer coisa a mais, serei leviano. Desculpe a sinceridade, mas estou cansado. Agora, já passou. Na hora, esqueci de apurar, pois estava curtindo a noite de festa e celebração.
Em entrevista ao EXTRA pouco antes do desfile da vice-campeã no Sambódromo, o professor Leonardo Morais demonstrou hesitação com relação ao uso da faixa presidencial.
— Não sei se vou colocar. A escola é uma instituição, e eu preciso que eles me autorizem a usar a faixa — afirmou, em tom de hesitação:
— A gente fica preocupado e com medo de se manifestar. Sei que já vivemos tempos terríveis. Espero que isso tudo não seja um grande retrocesso.
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