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Miliciano preso se aliou a traficantes para retomar Praça Seca

Expulso por paramilitares, miliciano preso se aliou a traficantes para retomar Praça Seca





Hélio Albino Filho, o Lica, preso neste domingo numa ação conjunta das polícias Civil e Federal, se aliou ao tráfico após ser expulso da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, por milicianos. Lica, segundo investigações da Polícia Civil, integrava até 2017 a milícia que dominava a favela da Chacrinha, uma das comunidades da região. Entretanto, no final do ano passado, sofreu um golpe de outros milicianos que exploravam comunidades vizinhas e foi obrigado a fugir da favela. Após sua fuga, toda a sua família foi expulsa do local. No início deste ano, Lica se aliou ao Comando Vermelho (CV) com uma promessa: ajudar na invasão da favela de onde foi expulso.



O racha de Lica com a milícia começou após a prisão, em dezembro do ano passado, de Anderson Luiz dos Santos, o Dande, então chefe do grupo paramilitar que dominava a Praça Seca. Lica e Dande já eram desafetos. Após a prisão, Lica teria tentado tomar o controle da Chacrinha, o que foi rechaçado por outros integrantes do grupo e chefes de milícias que dominam favelas vizinhas, como o Jordão, Fubá e Caixa D’água. No início deste ano, os milicianos ordenaram a saída de Lica da favela.



Desde então, o ex-miliciano teria buscado abrigo fora da comunidade, na casa da Rua Dirceu, em Sulacap, onde foi preso na madrugada deste domingo. Quando foi detido, Lica saía do local com camisa e calça camuflada. Para os policiais, ele estaria a caminho da Praça Seca, de onde nunca se afastou. Na casa, os agentes encontraram duas pistolas de marca Glock, uma calibre 45 e uma 40 com kit rajada, além de 297 munições para calibre 45, 45 munições para calibre 40, uma de calibre 556. Também foi encontrada a quantia de R$ 23,9 mil e um Ford Ecosport 2018.





De acordo com uma investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), após a expulsão, Lica se aliou a Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, chefe do tráfico das favelas dominadas pelo CV na Praça Seca, morto neste sábado no Complexo do Lins durante operação da polícia e das Forças Armadas. Lica arregimentou outros milicianos insatisfeitos, entregou armas para o tráfico e, desde então, teria liderado uma série de tentativas de invasão à Chacrinha, por conhecer bem o território.



Em 2012, Lica ficou preso por quatro meses sob a acusação de ser o responsável, na milícia chefiada pelo ex-vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, pela cobrança das taxas de segurança na região da Praça Seca. Beneficiado por uma decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Lica foi posto em liberdade em outubro daquele ano. Na decisão, o ministro criticou a investigação da polícia: “Em síntese, determinou-se a prisão para, depois, apurar-se”, escreveu. Em outubro de 2013, a 1ª Turma do STF cassou a liminar. Desde então, Lica estava foragido.







Contra ele, foram cumpridos três mandados de prisão — dois deles pelo crime de homicídio. Lica é acusado de ter participado do assassinado de Marcílio Barbosa Macedo e Washington Estevam Ribeiro, na Chacrinha, em dezembro de 2007. De acordo com as investigações, uma das vítimas teria desviado dinheiro da milícia. Os dois foram estrangulados com fios de arame e cordas de nylon. Em junho de 2014, o então miliciano foi pronunciado pela Justiça.



Ele também é acusado de participar do homicídio de Dilson Modesto de Lima no Bateau Mouche, em junho de 2012. Por esse crime, Lica teve a prisão preventiva decretada em junho de 2016. Em 2014, Lica também foi condenado a sete anos de prisão pelo crime de associação criminosa.



O ex-miliciano também foi citado no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em 2008. Na ocasião, aparecia como número 2 da milícia da Praça Seca. O chefe do grupo, segundo o levantamento feito pela comissão, era o ex-vereador Deco.



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