'O Quinto do Ouro': Jorge Picciani chega à Polícia Federal para depor
RIO — O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, chegou à Superintendência da Polícia Federal para depor por volta das 12h desta quarta-feira. Último cacique do PMDB fluminense na mira da PF, o deputado federal foi alvo de condução coercitiva na operação "O Quinto do Ouro", uma referência ao imposto correspondente a 20% que a Coroa Portuguesa cobrava dos mineradores de Ouro no período do Brasil Colônia.
A operação desta quarta-feira, movida pela força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Federal do Rio, foca o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). A delação premiada do ex-presidente do órgão Jonas Lopes de Carvalho Filho levou a mandados de prisão contra cinco conselheiros do órgão, envolvidos em pelo menos dois esquemas de arrecadação de propina. Segundo os investigadores, eles faziam vista grossa para irregularidades praticadas por empreiteiras e empresas de ônibus que operam no estado.
São alvos de prisão preventiva os conselheiros Aloysio Neves (atual presidente); Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco. Também foi preso o ex-conselheiro Aluísio Gama. Além dos mandados de detenção, foram também determinados bloqueios de bens e valores dos envolvidos.
Último dos nomes fortes do PMDB no Rio, não é a primeira vez que Jorge Picciani aparece em investigações judiciais. Citado em delações premiadas, o deputado estadual se viu envolto em polêmicas de favorecimento de empreiteiras, em troca de negócios escusos com suas próprias empresas, e pedidos de propina para campanha eleitoral.
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